A Guilhotina
Se eu pudesse te dar um conselho,
eu diria: não deixe que os erros das pessoas te matem.
Os traumas, os demônios, os erros…
Se a Revolução Francesa, com a guilhotina, matou milhares de pessoas,
os erros dos outros, seus demônios e traumas,
guilhotinam milhares todos os dias.
Eu poderia dizer que fui guilhotinada por ela.
Mas a bondade de Deus, de alguma forma, me fez renascer.
As marcas da guilhotina permaneceram no meu pescoço por muito tempo.
Era como se eu tivesse voltado à vida,
mas com medo da guilhotina.
Então, tudo o que eu achava que poderia me levar até ela, eu afastava.
Até descobrir que estava correndo de coisas
que nunca me levariam realmente à guilhotina.
Ou talvez até pudessem…
Mas agora eu sei como ela funciona.
E posso me dar uma chance de viver alguma coisa.
As marcas da guilhotina não estão mais no meu pescoço.
Mas percebo quantas coisas boas eu deixei de viver por causa dela.
Eu poderia ter vivido a era mais linda da França,
se não estivesse com tanto medo.
Medo da guerra,
do terror,
do sangue,
da guilhotina…
Ah, hoje eu lamento.
Mas não há volta.
Então, se eu pudesse te dar um conselho:
não tenha medo.
Não tema a guilhotina.
E nunca se permita ir até ela por causa de outra pessoa.
E, por favor, não se perca.
Ass: Rebeca Vianna
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